Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
UTI neonatal do Hospital de Floriano reduz transferências para Teresina
Segundo a coordenadora da UTIN, a unidade implica na redução da mortalidade neonatal no sul do Piauí
Com dois anos de implantação, a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), do Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, já atendeu mais de 370 recém-nascidos. Única assistência de alta complexidade especializada nos cuidados aos prematuros no sul do Estado, a UTIN contribui no aumento da viabilidade desses pacientes.
“A implantação da UTIN implica na redução da mortalidade neonatal no sul do Estado já que promove maior viabilidade de bebês prematuros, inclusive extremos, que tinham prognóstico muito reservado pela falta de assistência e cuidados intensivos especializados, além do suporte emocional às mães e famílias desses bebês em um momento extremamente delicado de suas vidas”, comenta a coordenadora da UTIN, Fernanda Kalume, médica pediatra.
Um dos avanços observados por ela é percentual de transferências para Teresina: foram apenas 15 transferências para a capital, desde a abertura da UTIN. A implantação de escala de cirurgia pediátrica 24h, que se iniciou em setembro de 2017, e a partir de março deste ano com escala contínua 24h, todos os dias da semana, contribuiu para o suporte aos pacientes, explicou a médica.
“É um trabalho contínuo, com integração das demais especialidades médicas, serviços 24 horas e todo aparato necessário para garantir os cuidados aos bebês. Com isso, temos melhor resolutividade, menos transferências para Teresina e evolução clínica satisfatória, com grande taxa de alta médica”, confirma o diretor geral do Hospital, Edmar Figueiredo.
Em 2017, foram 11 pacientes transferidos; em 2018, quatro; e em 2019, apenas dois. Menos transferências significam também maior resolutividade da assistência no Hospital e a consequente redução na demanda por leito na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina. Outro aspecto importante é que a família pode acompanhar o tratamento de perto, uma vez que a Unidade atende os prematuros de toda região sul do Estado.
Os cuidados a esses pequenos pacientes são anteriores ao parto, começam ainda na gestação, como explica a médica. “Temos alguns desafios, como a deficiência na assistência básica às gestantes, para que haja a realização de um pré-natal efetivo, diminuindo os índices de prematuridade e sepse neonatal de causa materna”. De acordo com ela, é comum receber pacientes com quadro clínico muito grave por deficiência de um pré-natal bem realizado.