O período chuvoso cria condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e exige atenção redobrada. Em 2024, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) registrou 11.077 casos de dengue, quase o dobro dos 5.992 casos de 2023. O número de óbitos também aumentou: 21 mortes foram contabilizadas em 2024, contra 4 em 2023.  

Durante vistoria em uma casa na zona sudeste de Teresina, o agente de saúde pública Antônio Luiz Souza identificou focos que podem ser criadouros do mosquito. "Encontrei recipientes vazios que precisam ser mantidos virados para baixo, ralos externos com água acumulada, prateleiras de chuveiro no quintal que retêm água da chuva, e jarros de plantas com passagem de água obstruída. Essas situações são propícias para a proliferação do Aedes aegypti, especialmente no período chuvoso", explicou.  

Para evitar a proliferação do mosquito, recomenda-se eliminar a água parada em pneus, latas, garrafas e outros recipientes, limpar e tampar caixas d’água, e higienizar regularmente bebedouros de animais. Inspeções semanais em casa ajudam a identificar e combater focos de larvas. Lenir Pereira, presidente da associação de moradores do bairro Renascença 2, destacou a importância da conscientização: "A visita do agente de saúde foi essencial. Muitas vezes, pequenos detalhes passam despercebidos, e manter o quintal limpo e seco é fundamental para proteger a saúde", afirmou.  

Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça, dores nas articulações e erupções na pele. Em casos graves, podem surgir vômitos constantes, diarreia, dores abdominais e sangramentos. Ao apresentar sintomas, é imprescindível buscar atendimento em uma unidade de saúde.

"A população precisa ficar alerta e não baixar a guarda. Tire dez minutos do seu dia para fazer uma inspeção em casa e, desta forma, evitar que o mosquito se reproduza e acometa os moradores com a dengue", afirma a superintendente de atenção aos municípios, Leila Santos.