Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
Doação de órgãos beneficia quatro pessoas da fila de espera
Mesmo em um momento de dor, nos colocamos no lugar de quem espera por uma doação de órgãos
Dizer sim para a doação de órgão é um ato nobre, que pode salvar muitas vidas. E esse sim foi dito pela família do jovem Alexandre Anderson, que faleceu há pouco mais de três meses, mas sua morte reacendeu a esperança de quatro pessoas que estavam à espera de um transplante.
“De início nós ficamos receosos, porque numa hora como essas a gente fica sem direção, mas com as explicações da equipe de captação, nós nos colocamos no lugar daqueles que estão há tanto tempo esperando por um órgão, e decidimos dizer sim para a doação”, lembra o professor Ítalo Cardoso, irmão de Alexandre Anderson.
Muitas vezes, o transplante de órgãos é a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço. E essa doação só pode ser efetivada quando a família de um potencial doador confirma a decisão.
“É preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão. Por isso sempre pedimos que essa conversa aconteça nos lares, pois só a família pode autorizar a doação”, ressalta a coordenadora da Central Estadual de Transplantes a médica Lourdes Veras.
O professor Ítalo Cardoso faz um apelo para as famílias, que mesmo estando em um momento difícil, passam a pensar naqueles que estão à espera de uma doação. “Nós não podemos pensar só no nosso sofrimento. Devemos pensar que esse momento de luto, pode também se transformar em esperança, para muitos que estão em uma situação complicada de saúde, numa fila de espera que é angustiante”, enfatiza.
O que preciso para ser um doador:
Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo de ser doador e deixar claro que eles, seus familiares, devem autorizar a doação de órgãos.
No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar.
Pela legislação brasileira, não há como garantir efetivamente a vontade do doador, no entanto, observa-se que, na grande maioria dos casos, quando a família tem conhecimento do desejo de doar do parente falecido, esse desejo é respeitado. Por isso a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais, essenciais e necessários. Essa é a modalidade de consentimento que mais se adapta à realidade brasileira. A previsão legal concede maior segurança aos envolvidos, tanto para o doador quanto para o receptor e para os serviços de transplantes.
Após a confirmação da doação, os órgãos vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Por: Amanda Dourado