Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
HGV realiza técnica inovadora em cirurgia de coluna
Com técnica minimamente invasiva, permitindo uma recuperação mais rápida do paciente
O Hospital Getúlio Vargas (HGV) realiza amanhã (4), pela primeira vez, um novo procedimento cirúrgico de coluna, com técnica minimamente invasiva que vai permitir uma recuperação mais rápida, com tempo de internação e risco menor ao paciente. O procedimento será realizado pelo neurocirurgião, especialista em cirurgia de coluna da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ), Guilherme Wandeley.
Para o coordenador da Clínica Ortopédica do HGV, o cirurgião Wilson Rodrigues, o diagnóstico de um problema de coluna é visto com uma preocupação grande ao paciente, devido os tratamentos que são complexos e dolorosos. “O avanço tecnológico aliado à medicina vem propiciando o desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas que visam uma menor destruição dos tecidos e músculos adjacentes às incisões, menor sangramento e então uma recuperação mais rápida no pós-operatório”, explica o cirurgião..
Ele destaca que a cirurgia será realizada pela primeira vez no HGV e será acompanhada pelos cirurgiões ortopédicos do Hospital, como forma de ensinar a utilização da técnica que passará a fazer parte dos procedimentos de coluna no hospital.
O paciente é Natanael Alves da Rocha, 42 anos, que sofre com uma hérnia de disco há anos e que tem prejudicado muito o seu trabalho como porteiro. Ele conta que não consegue mais nem trabalhar devido às fortes dores na coluna. “Estou com esperança que vou ficar bom”, fala Natanael.
O cirurgião explica que esta nova técnica, chamada de XLIF (do inglês eXtreme Lateral) que quer dizer por via extremo-lateral), difere das técnicas tradicionais de acesso à coluna vertebral, principalmente as regiões lombares e torácicas.
“Dentro das doenças que podem receber tratamento por este procedimento estão, entre outras, a escoliose, hérnia de disco e a espondilolistese. Através de uma incisão de mais ou menos cinco centímetros no corpo do paciente, tubos dilatadores são progressivamente colocados até a coluna, não interferindo nos músculos de trás da coluna. O procedimento é considerado minimamente invasivo devido às suas características, tais como as pequenas incisões necessárias para a cirurgia, o sangramento geralmente pequeno, a preservação dos músculos posteriores, e menor tempo de hospitalização do que uma cirurgia aberta. Por ser um procedimento relativamente rápido e com baixa perda sanguínea, pacientes que têm restrições para uma cirurgia complexa podem ser avaliadas quanto à possibilidade de tratamento cirúrgico”, explica Wilson Rodrigues.
Por Fátima Oliveira