Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
250 índias participam de mutirão para rastreamento do câncer
As índias são atendidas por ginecologistas e enfermeiros alunos da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da UESPI.
O Projeto “O Piauí tem Índio, sim”, da Secretaria de Estado da Saúde está desenvolvendo em sua programação o trabalho de rastreamento de câncer do útero nas mulheres indígenas piauienses, realizando exames papa-nicolau em 250 índias na faixa etária dos 25 a 64 anos em 36 municípios.
Formulado e realizado pela Coordenação de Equidade, o projeto volta um olhar diferenciado para a questão indígena e faz esta ação de intervenção na região dos municípios de Piripiri, Lagoa de São Francisco, Queimada Nova e Capitão de Campos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Piauí existem 6 mil indígenas, na sua maioria mulheres.
As mulheres indígenas são atendidas por médicos ginecologistas e enfermeiros alunos da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), numa parceria do Governo do Estado com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e Secretarias Municipais de Saúde, coordenada pela Sesapi.
Anterior aos exames, agentes comunitários de saúde foram capacitados acerca da incidência desse tipo de câncer, “para fortalecer a abordagem e sensibilização nas visitas às comunidades indígenas”, disse Epifânio Ferreira, Coordenador da Comissão Técnica do Distrito Sanitarista Especial Indígena do Piauí (DSEI/PI).
O coordenador ressalta que o projeto promove “a saúde integral dos povos indígenas e um dos eixos é a saúde das mulheres indígenas. O projeto chega na comunidade e tem uma abordagem que respeita as peculiaridades da cultura, fazendo com que as mulheres se aproximem da atenção básica que é a porta de entrada do usuário nos tratamentos de saúde”.
O processamento e análise das lâminas estão sendo realizado pelo Laboratório Central do Estado (LACEN) e, posteriormente, encaminha os resultados para os médicos das unidades básicas de origem das índias. Lá, elas recebem o resultado e, sendo positivos, são encaminhadas para tratamento em hospitais de referência.
Na preparação das mulheres indígenas para serem submetidas aos exames, as equipes das Coordenações de Equidade e da Saúde da Mulher da Secretaria realizam uma abordagem individual voltada para a prevenção do câncer do colo de útero e roda de conversa sobre a importância dos exames.
Por Samara Augusta