Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
Saúde reforça importância da vacina contra a influenza
O público alvo representa aproximadamente 60 milhões de pessoas no país.
A vacinação contra influenza mostra-se como uma das medidas mais efetivas para a prevenção da influenza grave e de suas complicações. As vacinas utilizadas nas campanhas nacionais são trivalentes, seguras e sua composição é determinada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Com pouco mais de 45% da população alvo imunizada, a Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da população procurar uma unidade de saúde para se vacinar contra a influenza. “É uma determinação da OMS vacinar toda população de risco para a influenza, porque é comprovado que ela diminui significativamente as complicações e os óbitos pelo influenza”, reforça a médica infectologista, Elna Amaral.
A médica afirma que o principal vírus circulante é “o H1NI, mas a vacina contém proteção para o H3N2 e Influenza B, que são vírus que circulam no nosso meio e que podem causar gripe grave. É uma vacina produzida de maneira segura, no Instituto Butantã, sendo distribuída aos grupos de riscos com maior probabilidade de morte ao adquirir o vírus influenza, porque pode causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave, que pode ser fatal”, esclarece.
A campanha é dirigida aos indivíduos com 60 anos ou mais de idade, crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, professores das escolas públicas e privadas.
O público alvo representa aproximadamente 60 milhões de pessoas no país e foram definidos por decisões respaldadas em bases técnicas, científicas e logísticas, evidência epidemiológica, eficácia e segurança do produto.
A estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações em 1999, com o propósito de reduzir internações, complicações e mortes na população alvo para a vacinação no Brasil. Para o ano de 2017, a meta é vacinar 90% da população alvo.
A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, com tendência a se disseminar facilmente. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos. De acordo com a OMS, estima-se que a influenza acomete 5 a 10% dos adultos e 20 a 30% das crianças, causando 3 a 5 milhões de casos graves e 250.000 a 500.000 mortes todos os anos, no mundo.
Influenza e Vacinação
A vacinação tem contribuído na redução da mortalidade em indivíduos portadores de doenças crônicas, tais como: doença cardiovascular; Acidente Vascular Cerebral (AVC); doenças renais, diabetes, pneumonias, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); dentre outras.
Alguns estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza. Concluíram, também, que a vacinação reduziu o risco de mortes por eventos cardiovasculares em 55%.
Existem evidências de que a vacinação reduz em pelo menos dois dias o tempo de hospitalização, um benefício substancial tanto do ponto de vista individual, como para a sociedade.
No Brasil, a rede de laboratórios de referência para vírus respiratórios é composta de três (03) laboratórios credenciados junto à OMS como centros de referência para influenza. Entre estes laboratórios há um laboratório de referência nacional, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e dois laboratórios de referência regional: o Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, e o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém. Esses laboratórios são responsáveis por realizar o controle de qualidade das amostras encaminhadas pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen).
Por Graciene Nazareno