Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
HGV atende 233 pessoas durante Mutirão de Diagnóstico da Hanseníase
No mutirão do ano passado, foram atendidas 144 pessoas e dez casos identificados.
Duzentas e trinta e três pessoas atendidas, 29 casos confirmados e 5 suspeitos para futuro diagnóstico; esses foram os números do Mutirão da Hanseníase que aconteceu no sábado (28), das 8h às 14h, na Clínica Dermatológica do Hospital Getúlio Vargas (HGV). A ação teve por objetivo alertar a população da importância do diagnóstico precoce e identificar possíveis casos da doença, caracterizada pelo aparecimento de manchas - esbranquiçadas ou avermelhadas - sem sensibilidade ao calor, frio ou toque.
Segundo o coordenador do Serviço de Dermatologia do HGV, Jesuíto Dantas, os casos confirmados serão encaminhados para tratamento, inclusive no próprio HGV, um dos dois centros de referência no estado. Ele destaca a importância do diagnóstico precoce, pois "quanto mais cedo começar o tratamento, mais rápida é a cura, que tem índices muito elevados. Isso evita, também, as possíveis sequelas provocadas pela doença. Por isso é essencial identificar a enfermidade logo no início", destaca o médico.
Ainda de acordo com Jesuíto, o tratamento é extremamente eficaz e feito com uma associação de antibióticos via oral - polioquimioterapia ou PQT - que é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). "Nos casos de hanseníase contagiante, o tratamento é de um ano. Já quando não há risco de contágio, dura seis meses. É importante frisar que após o início do tratamento desaparece a possibilidade de contágio, que acontece por meio de gotículas expelidas no ar quando a pessoa tosse ou espirra", completa o coordenador.
Com uma mancha no rosto e bastante ansioso antes da avaliação médica, o aposentado Luís Gomes chegou cedo para o atendimento. Ele conta que ficou sabendo do mutirão pela imprensa e resolveu participar. "Agora estou aliviado por saber que o meu problema não é o que eu estava pensando. Esse tipo de mutirão é muito importante, pois ajudam muitas pessoas que assim como eu sofrem com dúvidas e preocupações", disse o aposentado após a consulta médica.
A ação foi uma parceria do HGV e Fundação Municipal de Saúde (FMS), com participação do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), e faz parte das comemorações do Dia Mundial de Combate à Hanseníase, sempre celebrado no último domingo de janeiro.
O Brasil ocupa hoje o segundo lugar no mundo em número de casos da doença. São cerca de 30 mil novos registros por ano. Conforme os dados de 2015, o Piauí manteve a média de 1.050 casos ao ano, ocupando o 11º lugar no país.
No mutirão do ano passado, foram atendidas 144 pessoas e dez casos identificados, todos da forma multibacilar. Sendo oito em adultos e dois em menores de 15 anos.
DERMATOLOGIA - HGV
Como um centro de referência, a Clínica Dermatológica do HGV trabalha com a prevenção, diagnóstico clínico (contato de tubos quentes e frios dentro e fora da mancha para detectar ou não dormência no local) e/ou por meio de exames de baciloscopia e biópsia, e tratamento da doença, incluindo as reações hansênicas. Para isso, conta com uma equipe multiprofissional formada por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas.
Por Solina Barbosa