Dados do Serviço de Internação do Hospital Getúlio Vargas(HGV) apontam redução significativa na fila de espera para procedimento ortopédico, no período entre 2014 a 2016: de 2203 pacientes, em 2014, para 350 em 2016. Os números representam uma redução de mais de 80% na fila de espera, resultado alcançado com a realização de mutirões aos sábados e feriados e a implantação do terceiro turno à noite.

Intensificando as ações, a diretora geral do HGV, Clara Leal, anuncia mais um mutirão de cirurgias ortopédicas, que será realizado amanhã, 12, no feriado. A meta é realizar 35 procedimentos em pacientes que aguardam no Ambulatório Integrado e na urgência.  A diretora afirma que ação segue a orientação da Secretaria de Estado da Saúde, “para que o tempo de espera para a realização de um procedimento especializado seja cada vez menor no HGV”.

Um dos pacientes que será atendido no mutirão de amanhã é o pedreiro Josimar Gomes da Silva, 30 anos, vítima de um acidente de trânsito que quase tira a vida dele, quando voltava à noite do trabalho. Ele conta que já passou por sete cirurgias e está a oito meses afastado de suas funções. “Estou sobrevivendo do auxílio doença. Fiquei muito feliz quando fui informado que ia participar do mutirão nesta quarta”, explica Josimar.

O auxiliar de mecânico, Marcos Michele da Conceição, 24 anos, também vai participar do mutirão amanhã. Ele explica que estava se recuperando de um acidente de motocicleta quando foi vítima de outro. A irmã dele, Lucilene da Conceição diz ter ficado feliz quando recebeu a ligação que Marcos ia participar do mutirão. “Foi uma benção, ele está há três anos parado sem trabalhar, tenho esperança que ele fique bom”, Lucilene.

Segundo o Ministério da Saúde, os acidentes com motos são responsáveis por um aumento de 115% no número de internações em hospitais públicos. Por ano, essas internações custam quase R$ 30 milhões para o SUS (Sistema Único de Saúde).

Participam do mutirão amanhã (12), os cirurgiões Wilson Rodrigues (coordenador), Neomar Rodrigues, Francisco das Chagas e José Sampaio. Os anestesistas Antônio Urias e Hugo Carvalho.

Por Fátima Oliveira