Allana Sousa Hospital de Luzilândia realiza 270 procedimentos em mutirão da catarata

O primeiro paciente a fazer a cirurgia de catarata no Hospital Local Gerson Castelo Branco, em Luzilândia, foi o senhor Raimundo Lopes de Sousa, 63 anos, que reside na zona rural desse município. "Quando eu descobri que tava com início de catarata, lá em Teresina, eu soube que essa cirurgia custava R$ 6 mil. Só que eu não tinha esse dinheiro. Hoje, graças a Deus, com esse mutirão aqui no hospital consegui operar do meu olho esquerdo e estou muito melhor", contou Raimundo Lopes.

Em dois dias, já foram realizadas 120 consultas, 60 cirurgias e mais de 90 exames. O mutirão segue até este  domingo (28).

O mutirão da catarata realizado no hospital é uma estratégia desenvolvida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), com o objetivo de atender de forma mais rápida, com resolutividade e mais próximo da população, evitando o deslocamento de pacientes para Teresina.

O senhor Aristide Lopes, 71 anos, antes da cirurgia era só ansiedade. Ele tem catarata há 3 anos e sempre quis fazer essa cirurgia. "Agora melhorou demais. Eu não enxerga de jeito nenhum e tô vendo. O atendimento foi excelente e agora tenho só a agradecer", comemora Aristide.

Maria José Matão, diretora-geral da unidade, contou que esse era um projeto do hospital há algum tempo e que só foi possível graças ao apoio da Secretaria de Estado da Saúde.  "Na sexta-feira (26), os pacientes passaram por consultas. E nesse sábado (27), iniciamos as cirurgias. Toda a nossa equipe tem dado o apoio e orientações necessárias  aos pacientes. Aqueles mais ansiosos ou nervosos fizemos questão de passar a tranquilidade de que eles precisavam e agora se sentem mais seguros", disse Maria José.

A diretora reforçou, inclusive, o quanto a prestação desse tipo de serviço à população é gratificante. "Sabemos das dificuldades que alguns desses pacientes tiveram até serem contemplados com essa cirurgia, mas estamos empenhados em trazer mais benefícios à população de Luzilandia e região", completou Maria José Matão.

Após o procedimento, todos os pacientes recebem um kit para auxiliar no pós-operatório. "Espero que Deus abençoe o trabalho dessa equipe e agradeço também pela orientação. Eu tava até imaginando como faria essa cirurgia porque não tinha condições. Já faz tempo que tenho esse problema na vista e hoje consegui", disse Francisco Bento Correia, 67 anos, morador de Luzilândia.

A triagem dos pacientes foi feita pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMS) e também atendendo uma demanda já existente no hospital.

Por Allana Sousa