A Secretaria de Estado da Saúde tem concentrado esforços para agilizar o tratamento de pacientes piauienses que buscam apoio ao serviço oferecido pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Somente neste semestre, o Piauí encaminhou dez pacientes, sendo a maioria de crianças, para atendimento em outros hospitais fora do estado que integram a Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade (CNRAC). Do total registrado, seis foram de urgência, portanto, com imediata internação, e quatro para consultas eletivas. Atualmente, uma paciente de urgência aguarda a regulação para uma unidade referência nacional. 

Para o atendimento de pacientes de urgência, que em alguns casos o transporte é feito por meio de UTI área, os mesmos foram encaminhados para os seguintes locais: HCOR e INCOR, em São Paulo(SP), Hospital Real Português de Beneficência e Pronto Socorro do Coração (PROCAPE), em Recife(PE), Instituto da Criança, em Goiânia(GO), Hospital de Messejana, em Fortaleza(CE) e Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre(RS).

De acordo com a coordenação do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), de nove pacientes que necessitam de consultas eletivas, duas já estão com agendamento confirmado até julho. Os pacientes serão encaminhados para o Hcor em São Paulo. Além desses, o mesmo hospital já confirmou que existem mais três pacientes que estão sendo avaliados para atendimento solicitado. E um quarto paciente está com previsão de atendimento ainda em julho, em outra unidade de referência.

“Dependendo da gravidade do caso e da disponibilidade do hospital em que o paciente foi direcionado, o tempo para consultas eletivas tem variado para os piauienses de dois meses até um ano. Já para os casos de urgência, a Secretaria de Estado da Saúde vem buscando otimizar meios para realização de cirurgias em bebês RN(recém-nascido) dentro dos prazos solicitados pelos médicos cardiologistas pediatras”,  diz Maria José Costa, coordenadora do  TFD.

A coordenadora explica que os pacientes que necessitam de atendimento de alta complexidade que a rede no Estado não oferta, é regulado pela CNRAC, órgão do Ministério da Saúde que regula os atendimentos da demanda nacional, não somente do Piauí. “É um problema nacional. Há uma demanda muito grande, inclusive o próprio secretário Francisco Costa já relatou a problemática à equipe da CNRAC”, afirma Maria José, ao relatar que em abril, durante audiência do secretário e o então ministro Marcelo Castro, o Piauí levantou o debate, solicitando que o Ministério apresente soluções e der agilidade para um tratamento de forma digna. Essa resposta, que muitas vezes demora, aflige não somente às famílias, mas aos profissionais que atuam nos atendimentos desses pacientes.

Apesar de todas as limitações, o Estado trabalha com empenho e compromisso diário em atender com agilidade os pacientes, como no caso mais recente da criança Letícia Vitória, em que a Secretaria de Estado da Saúde, através da regulação do TFD e CNRAC, conseguiu dar celeridade ao atendimento da criança e a mesma foi encaminhada para o Instituto do Coração(INCOR), em São Paulo.

Por Assessoria