Hoje (18) é comemorado o Dia Nacional do Movimento da Luta Antimanicomial no Brasil que visa mudanças nas condições de tratamentos dos pacientes com transtorno mental. Dentro das políticas da Rede de Atenção Psicossocial, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí tem realizado ações e implementado dispositivos com o objetivo de humanizar a assistência a esses pacientes.

A gerente estadual de Saúde Mental, Gisele Martins, conta que no estado “temos avançado principalmente no que diz respeito aos pacientes com transtorno mental em conflito com a lei que, após reuniões técnicas entre as Secretarias de Saúde e Justiça, o Tribunal Regional de Justiça e outros entes envolvidos, culminou num provimento que regula o fluxo de atendimentos desses pacientes”.

Para isso, o Piauí teve duas equipes habilitadas pelo Ministério da Saúde, composta por equipe multiprofissional com psiquiatra, psicólogo, assistente social, dentre outras categorias para fazer o acompanhamento nas penitenciárias do estado.

Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi)
Ainda em 2015, as crianças e adolescentes com transtorno mental de todo o Piauí ganharam um novo espaço para atendimento especializado: o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi) – Dr. Martinelli Cavalca.

Durante longos períodos, os atendimentos foram realizados ao lado das dependências do Hospital Areolino de Abreu(HAA), “mas hoje conta com uma sede própria, com três mil crianças e adolescentes cadastrados, dispondo de equipe multiprofissional com psiquiatra, psicólogo, médico clínico, educador físico, assistente social, enfermeiro e técnico de enfermagem, artesão com oficinas, atendimento ambulatorial e acolhimento de mães das crianças com transtornos mentais”, explicou Gisele.

Já em 2016, o secretário de Estado da Saúde, Francisco Costa, garantiu a ampliação dos serviços multiprofissionais oferecidos no Centro. “Para tanto, compomos o quadro de profissionais com mais um psicólogo, uma enfermeira, dois técnicos de enfermagem e dois assistentes administrativo”.

Residências Terapêuticas
Para proporcionar uma alternativa de atendimento mais humanizado aos pacientes com transtorno mental oriundos do sistema prisional, a Secretaria da Saúde também está implantando duas novas residências terapêuticas, em Teresina.

A gerente ressalta que “com as residências o avanço é muito significativo, porque assim, conseguimos transferir pacientes que passaram mais de 20 anos institucionalizadas nesses lugares e passam agora para um dispositivo humanizado de acolhimento comunitário e isso também faz com que a gente desafogue os leitos do HAA”.

“A perspectiva de imediato é desafogar 16 leitos no HAA que hoje são ocupados por moradores, mas também dar uma possibilidade de internação integral e atendimentos de Urgência e Emergência”, frisou o secretário.