Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
Mutirões ampliam atendimento a crianças com microcefalia
No total de 15 pacientes atendidos, 13 foram descartados, uma continua em investigação e outro foi confirmado como microcefalia relacionado a processo infeccioso.
"É como se meu filho tivesse nascido de novo", afirma, emocionada, Ana Lúcia Pereira, mãe de Luiz Gabriel, bebê notificado como caso suspeito de microcefalia e após investigação diagnóstica, ouvir da médica pediátrica Dorcas Lamonier, que seu filho não tem microcefalia. O resultado foi apresentado durante mutirão realizado nessa manhã de segunda, 7, em Parnaíba, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Prefeitura Municipal.
No total de 15 pacientes atendidos, 13 foram descartados, uma continua em investigação e outro foi confirmado como microcefalia relacionado a processo infeccioso.
O secretário de Estado da Saúde, Francisco Costa, afirma que a proposta é que esse formato seja ampliado para Teresina, Floriano e Picos, dando mais agilidade para o diagnóstico e facilitando o acesso ao tratamento. "Estamos fazendo uma busca ativa com essas crianças que foram notificadas com microcefalia para que as famílias possam levar seus filhos para uma avaliação com um neuropediatra e uma equipe de multiprofissionais. Nessa semana, os bebês vão ter o seu primeiro atendimento e já saem daqui com toda a sua programação de estimulação precoce agendada", frisou Costa.
O Arthur, 2 meses de idade, chamado carinhosamente pela mãe Patrícia como "minha maior preciosidade", foi o único caso confirmado como microcefalia possivelmente associado a processo infeccioso congênito. A mãe relata que teve exantema e dores nas juntas nos três primeiros meses de gestação e que durante o pré-natal, no exame de ultrassonografia, foi detectada uma anomalia, mas que não sabia do que se tratava. "Somente após o nascimento do Arthur, ainda na sala de parto, o médico confirmou que era microcefalia. Quando o vi, chorei muito, sem saber o que fazer", relata.
Encaminhado à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), de Parnaíba, Arthur já iniciou o acompanhamento multiprofissional. "Se ele veio assim, especial, é porque Deus sabe que sou capaz de cuidar dele. E é o que vou fazer", afirma Patrícia.
Esse cuidado é intensificado pela ação do Governo do Estado, desde a investigação ao acompanhamento dos pacientes. Nos dois mutirões realizados hoje, numa frente, finalizam-se as investigações, fechando o diagnóstico para microcefalia, como ocorreu em Parnaíba, e em outra, realização de consultas e estimulação precoce no Centro Integrado de Reabilitação(CEIR), que fará, durante uma semana, 24 atendimentos.
Em Teresina, Francisco Costa falou sobre a mobilização feita pela Secretaria de Saúde, através do Ceir, de um espaço extra com uma capacidade de atender 200 crianças. Por outro lado "estamos trabalhando esse processo de descentralização com o propósito de levar esse atendimento mais próximo da população".
Nas investigações feitas em Parnaíba, como explica a pediatra Dorcas, "observamos que todas as mães foram bem acompanhadas no pré-natal, bem orientadas quanto à microcefalia e ainda bem tranquilas, sem muita apreensão quanto ao diagnóstico".
Se a tranquilidade é uma marca das mães atendidas no mutirão, o pedido para que todos se empenham na limpeza e cuidados com suas casas e local de trabalho para combater o mosquito Aeades aegipyt é unanimidade. "Todos devemos ter mais cuidados e manter as coisas limpas, evitando que outras crianças tenham microcefalia", apela Patrícia.