O secretário de Estado da Saúde, Francisco Costa, participou hoje, 22, de reunião com o Conselho Estadual de Saúde para explanar questões relacionadas ao processo de implantação de um novo modelo de gestão para o Hospital Regional Justino Luz, em Picos. A proposta é que o Hospital seja administrado por Organização Social Sem Fins Lucrativos(OS). 

“Conhecendo a precariedade física e contando que, dentre os demais, ele é o que possui o maior número de servidores, percebemos que o Justino Luz é o que menos dá resposta à população”, explicou Costa. Apesar do alto custo mensal, de cerca de R$3,4 milhões, o quadro situacional do hospital apresenta uma série de deficiências que limita a oferta de um serviço resolutivo e de qualidade. “Portanto, com a OS, o nosso compromisso é ampliar o acesso da população aos serviços do SUS e promover mais qualidade de atendimento”, acrescentou o secretário. 

Com uma demanda de aproximadamente 500 mil habitantes, de 59 municípios circunvizinhos tanto do Piauí, como do Ceará e Pernambuco, o Justino Luz funciona 24 horas, com atendimento ambulatorial, urgência e emergência, internações, centros cirúrgicos, realização de exames, sendo referência de média e alta complexidade para aquela região.

Na oportunidade, Francisco Costa citou a experiência exitosa no Hospital de Urgência de Anapólis(GO), gerido por uma OS. “Dentre todos que visitamos no Ceará, São Paulo e Goiás, este é o que mais se assemelha à real situação encontrada em Picos. É um hospital de urgência, com 90 leitos, um pouco menor que o Justino Luz, mas consegue realizar em média 600 procedimentos cirúrgicos por mês. No Hospital de Picos, quando se tira a parte da obstetrícia, são realizados menos de 100 procedimentos cirúrgicos”.

No Hospital de Anapólis, o custeio mensal é de R$3 milhões, com maior capacidade resolutiva e o de Picos tem uma capacidade subutilizada, gerando grande demanda de atendimento. 

Allana Sousa