No mês de maio, 7.057 mil pessoas foram atendidas no Pronto Socorro do Hospital Getúlio Vargas (HGV). Isso representa um aumento de 20% em relação ao mês anterior. A maioria dos pacientes eram vítimas de acidentes de trânsito, mal súbito e agressões por armas de fogo e branca. Os dados são do Relatório de Atendimento por Motivo/Causa do Serviço de Pronto Socorro do HGV, apresentados ao secretário de Estado da Saúde, Assis Carvalho. De acordo com os números, foram realizadas 1.346 internações e 477 cirurgias. A média de atendimento diário foi de 250 pacientes, 30 internações e 20 cirurgias. Com um ano na direção geral do maior hospital público de Estado, Noé Fortes, diz que “a grande problemática é pelo fato do HGV ter grande e variadas demandas, necessidades de muito investimento e funcionando com uma despesa maior que a receita”. Segundo ele, todos os meses no SPS, a demanda é maior que a capacidade instalada, o que torna o Serviço ainda mais complexo. Somente por mal súbito foram atendidas 2.029 pessoas. As vítimas de arma de fogo foram 38 casos; 83 por arma branca; 115 por agressão física. Os acidentes com moto foram o que obtiveram os maiores números de registros: 575 entradas, o equivalente a 8,15% do total de casos atendidos no mês. Já os pacientes atropelados foram 64 casos. Além disso, continua alto o número de casos que poderiam ser atendidos nos hospitais de bairro, que são da Prefeitura de Teresina, como, por exemplo, 53 casos de vômitos; 846 atendimentos odontológicos; 46 pessoas com febre; 547 pacientes com dores no olho, na perna, lombares ou abdominais; 6 pacientes com diarréia; 30 casos de desmaio e outros. A situação não é nova e preocupa o secretário de Saúde, Assis Carvalho, que, desde que assumiu a gestão da Saúde busca alternativas de transferência do Pronto Socorro. Com a transferência do Pronto Socorro para o Hospital de Urgências de Teresina, o HGV passará por reformas. “O objetivo é reestruturar o hospital para atender uma grande demanda reprimida por assistência de alta complexidade, a fim de evitar o atendimento destes pacientes fora do domicílio a um custo bastante elevado para o Sistema Único de Saúde”, diz Assis Carvalho, secretário de Estado da Saúde. O HGV é classificado como hospital público geral de base, de grande porte, de ensino e referência para todo o Piauí e estados vizinhos. Pacientes de outros Estados continuam sendo atendidos no SPS. Somente do Maranhão foram atendidos 1.009, o que corresponde a 14,30% do total de pacientes.