O diretor-geral do Hospital Getúlio Vargas (HGV), Osvaldo Mendes, informou, nesta terça-feira (23), que foram ampliados mais cinco leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 no hospital e serão disponibilizados mais 10, até o fim desta semana. Ele explica que a situação é difícil e faz um alerta à população que as medidas restritivas são necessárias para conter o avanço da doença. As consultas ambulatoriais, exames e cirurgias de urgência no HGV serão mantidos.

“A população tem que entender essa situação e colaborar neste momento difícil, obedecendo as medidas restritivas, pois não queremos que aconteça no Piauí o que está acontecendo em outros estados”, alerta o gestor.

As medidas incluem, além da ampliação de leitos de UTI, a suspensão de cirurgias eletivas e atendimento somente das situações emergenciais, pacientes que vêm por meio da Central de Regulação do Estado, serão realizadas nestas duas semanas de medidas restritivas. Segundo ele, as ações foram determinadas após a reunião nessa segunda-feira (22) com o Comitê de Operações Emergenciais (COE) do Governo do Estado do Piauí.

Ele destaca que a suspensão das cirurgias eletivas é necessária neste momento devido à falta de insumos que aumenta a demanda com o avanço da Covid-19. “Para se ter uma ideia de quantidade, no HGV utilizamos 5 mil pares de luvas por dia, não podemos correr o risco de faltar insumos e medicamentos como está acontecendo em outros estados. As medidas são preventivas”, informa Osvaldo Mendes.

Ele mostra que Teresina já atingiu 86% de ocupação dos leitos de UTI e, nessa segunda, “já transferimos os pacientes que estavam nos leitos de UTI não Covid para os leitos de UTI do primeiro andar, para poder isolar toda a unidade do térreo e ampliar os leitos Covid-19, totalizando 40 leitos somente para pacientes com a doença até o fim da semana”, explica Osvaldo Mendes.

O presidente da Fepiserh, entidade que gerencia o HGV, Ítalo Rodrigues, destaca que o órgão está somando todos os esforços para manter os serviços funcionando com qualidade. “Vamos superar esse momento difícil que exige união do poder público, dos órgãos de saúde e, claro, da população, que precisa colaborar com as medidas preventivas”, afirma o gestor.