A secretaria da Saúde promove até amanhã o I Seminário Estadual sobre Atenção à Saúde do Homem. Profissionais das mais diversas áreas estão reunidos para traçar as prioridades da Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem que deve se lançada em breve pelo Ministério da Saúde. O assessor técnico do Ministério da saúde, Eduardo Chakori, explica que essa nova política está voltada para a promoção, prevenção e recuperação de agravos voltados para a população masculina, além das questõs ligadas a morbidade e mortalidade. “Tudo que estiver relacionado à saúde masculina nos diversos campos diz respeito a política. Queremos com estas ações melhorar a condições de vida do homem brasileiro e prevenir agravos evitáveis”, afirma. Pesquisas preliminares feitas elo Ministério da Saúde apontam que 75% das enfermidades que acometem os homens estão em alguns campos da saúde. São elas: as causa externas (violências em geral, acidentes de trânsito, lesões auto-provocadas, suicídio, etc.), doenças do aparelho circulatório (1 em cada 3 homens morre do agravos do coração no Brasil), as neoplasias (as mais comuns são o câncer de próstata e pulmão) e por fim as doenças do aparelho respiratório e gastrintestinal. “Devemos trabalhar questões como a hipertensão, a diabetes, a coronariopatias e tabagismo”, destaca o assessor. Todo a elaboração da Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem está sendo feita para trabalhar os padrões hegemônicos da masculinidade, entre eles a crença da invulnerabilidade, de que o homem nunca fica doente, que a doença é um sinal de fragilidade. “Todas essas idéias que fazem parte da formação sócio-cultural do homem brasileiro, que tem suas especificidades em cada região, vão merecer uma atenção especial para que de fato a nova política seja atuante e sirva para reverter essas crenças. Assim, o homem vai poder utilizar os serviços de saúde deforma mais eficaz. A política pega muitoconteúdos médicos, mas, no entanto está voltada para prevenção e promoção da saúde do homem, cuja porta de entrada está na atenção básica feita pela estratégia de saúde da família”, esclarece Eduardo Chakori. Tentar reverter o preconceito, talvez seja o maor desafio da nova política que está em construção. “A nossa intenção é humanizar e sensibilizar os homens. Se quisermos trabalhar essa nova política de forma eficaz, vamos ter que bater forte no preconceito, envolver todos os segmentos: os gestores, profissionais de saúde, movimentos populares, sociedade acadêmica, sociedade civil para de fato rever e derrubar a crença da onipotência masculina”, encerra o assessor técnico. Piauí – Segundo a gerente de atenção à saúde da Secretaria Estadual da Saúde, Vânia Leão, o estado pactuou um indicador em relação a nova política que é a elaboração do plano estadual de atenção a saúde do homem. “Essa é uma pasta nova, o próprio Ministério ainda está transitando por esta área. Esse seminário serve para entrarmos em sintonia, sabendo o que o Ministério está fazendo, para estar se apropriando das discussões em torno do tema. Saber o que o Ministério está planejando em termos de gestão, diretrizes, metas, para a política de saúde do homem e o que o vem para os estados a partir de 2009 para estar implantado enquanto serviço de saúde”, explica. A programação do seminário segue até amanhã com Tatiana Estrela, que é a coordenadora de atenção à saúde da população carcerária, que onde há predominância de homens e uma alta vulnerabilidade as doenças sexualmente transmissíveis, principalmente a Aids. Outra palestra será sobre a atenção a saúde do público GLBTT. Por Sana Moraes