A participação dos homens na Campanha Nacional de Vacinação para a Eliminação da Rubéola ainda está abaixo do esperado. Enquanto 94% das mulheres já se vacinaram (33,2 milhões da meta de 35,3 milhões), apenas 88% dos homens foram aos postos de saúde pelo país (o que corresponde a 30,7 milhões da meta de 34,7 milhões). O Ministério da Saúde já vacinou 64 milhões de brasileiros (91,1% da meta) e, atento à demora dos homens em cumprir com a sua parte, concentra ainda mais seus esforços para aumentar a cobertura. O objetivo é imunizar, pelo menos, mais três milhões de pessoas, o que fará o país atingir 95% do público-alvo da campanha e, assim, interromper a circulação do vírus da rubéola. Por isso, o ministério conta com a cidadania de quem ainda não se vacinou. Agora só falta você é o slogan da fase final dessa grande ação. No Piauí, mais de 889 mil pessoas já estão imunizadas contra a doença. A adesão foi maior entre as mulheres. Até as 10h30 de segunda-feira (10), mais de 478 mil (93,2%) mulheres procuraram os postos de vacinação. Entre os homens, o número de imunizados foi de 411,8 mil (81,8%), muito abaixo da meta. Na Região Nordeste, a cobertura está em 92,9%. A campanha, considerada a maior do mundo, precisa atingir a meta de 95% de cobertura, que dará direito ao país de solicitar à Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de erradicação da doença. Dos 223 municípios do estado, 37 atingiram a meta ideal. Outros 25 estão próximos de atingir cobertura, com índices parciais de 90%. Mas 161 municípios ainda estão longe de atingir o objetivo. O Ministério da Saúde faz um apelo aos que ainda não tomaram a vacina: comparecer ao posto de saúde mais próximo da sua residência, já que a imunização contra a rubéola é a única forma de garantir a eliminação da doença no país. Os homens são o principal foco da campanha. Isso porque, dos 8.684 casos de casos de rubéola confirmados no país, em 2007, 70% corresponderam a pacientes homens. Caso as pessoas do sexo masculino não forem imunizadas, o vírus da rubéola continuará circulando pelo Brasil. Neste caso, o risco é a transmissão para mulheres grávidas, o que pode causar malformação congênita no feto, provocando cegueira, surdez, retardo mental ou problemas cardíacos no bebê.