“Esta será a maior campanha do mundo” é assim que a Gerente de Vigilância em Saúde, Maria Veloso Soares, define a campanha que será realizada pelo Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde no país. Nesta segunda (26), a Secretaria Estadual de Saúde promoveu um seminário para discutir as medidas que serão tomadas na campanha, a ser realizada entre 09 e 30 de agosto deste ano. A campanha foi deliberada na 44ª Reunião do Conselho Diretor da Organização Panamericana de Saúde – Opas – que prevê a eliminação da rubéola e da síndrome de rubéola até 2010. A rubéola é uma doença transmitida pelo ar, cujos sintomas são semelhantes aos do sarampo e da dengue: manchas avermelhadas, febre e dores no corpo. Por isso a vacinação será dupla viral, além do rubéola, as vacinas também irão proteger contra o sarampo. Para a coordenadora estadual de imunização, Elaine Parentes, um das maiores problemas no combate à doença é sua a não-identificação. Muitas pessoas contaminadas não apresentam os sintomas da doença, uma das maiores causas que propiciam a contaminação. “As pessoas não sabem que estão com rubéola e continuam fazendo suas atividades, indo ao trabalho, à escola ou fazendo viagens... desta forma, pessoas ficam expostas à contaminação” – explica. Elaine fala ainda que a doença é mais delicada em mulheres grávidas, pois os bebês podem nascer com deficiência audiovisual. Maria Veloso diz que a campanha contra a rubéola do Piauí terá um diferencial dos outros estados: a vacinação dos homens. “As mulheres são mais preocupadas com a saúde e nós queremos atingir o público masculino para a eficácia da campanha” – fala Maria Veloso. Para isso, a campanha vai instalar pontos de vacinação em locais de grande fluxo de pessoas, como shoppings, praças e presídios. Através de uma pesquisa realizada sobre a contaminação da rubéola, constatou-se que a maior incidência da doença se dá entre pessoas que têm entre 20 e 39 anos. Com isso, o alvo da campanha da rubéola no Piauí, além dos homens, serão as pessoas desta faixa etária. A causa da infecção nesta idade, explica Elaine Parentes, talvez seja o grande inter-fluxo de pessoas entre estados e países. “Nos últimos dois anos não temos nenhum caso de rubéola registrado no Piauí. A nossa meta é vacinar para o caso de pessoas de outros estados ou outros países possam contaminar a população piauiense” – declara Elaine Parentes frisando que a doença está sob controle no país. Iane Carolina