O diretor do Hospital Getúlio Vargas, Noé Fortes, disse hoje, que com a transferência do Serviço de Pronto-Socorro prevista para maio, a fila das cirurgias eletivas será esvaziada. Segundo ele, o HGV vai atender somente os casos em nível de alta complexidade e onde funciona hoje o SPS será implantado o serviço de apoio ao diagnóstico nas áreas de hemodinâmica, neurologia, cardiologia e cirurgia vascular. Noé Fortes explicou que a Unidade de Tratamento Intensivo do PS possui seis leitos, com as mudanças, passará para oito leitos. “O Hospital ganha espaço físico e teremos estrutura para implantar um serviço de hemodinâmica, além de equipamentos para auxiliar no diagnóstico nas áreas de neurologia, cardiologia e vascular e também leitos para os pacientes que necessitam de cirurgia buco-maxilo-facial”, esclareceu. Quanto às cirurgias eletivas, o diretor ressalta que esse problema será resolvido, pois os leitos que são ocupados hoje com quase 90% dos pacientes da urgência e emergência, serão ocupados pelos que precisam de cirurgias eletivas e que aguardam já há algum tempo. Hoje o HGV possui duas portas de entrada, o SPS e o Ambulatório Integrado Dirceu Mendes Arcoverde. A partir de maio, apenas uma porta estará aberta ao público, a do Ambulatório, pois o serviço de urgência e emergência será transferido para o Pronto-Socorro Municipal. “Essa medida vai possibilitar uma melhora significativa no atendimento ao usuário do Hospital Getúlio Vargas”, explica Noé Fortes. Segundo ele, o Serviço de Pronto-Socorro do HGV está com sua capacidade além do limite já há muito tempo, com apenas 95 leitos, distribuídos entre UTI, salas de emergência, enfermarias e corredores, existem 11 macas fixas nos corredores e mais 60 móveis, os 505 funcionários trabalham além da capacidade. De acordo com dados do Relatório 2007, elaborado pelo coordenador administrativo do PS, Eduardo Ramos, durante o ano passado, foram realizados 72.056 atendimentos, caracterizando uma média mensal de 6.004 atendimentos, sendo que 14.785 ficaram internados e 5.752 realizaram cirurgias. Segundo ele, a maioria pacientes de alto risco. Ramos destaca que a maioria dos pacientes atendidos são do Piauí (60.674), mas os estados do Maranhão (10.271), bem como o estado do Pará com 0,24% do total, também detém uma grande parcela do numero de atendimentos. Além disso, ele explica, que o montante de recursos aplicados para todos esses procedimentos contabilizados pelo controle de estoque, os quais estão envolvidos o almoxarifado e Farmácia foram na ordem de R$ 1,4 milhões, caracterizando um custo unitário no valor de R$ 19,49 por paciente atendido. O diretor disse ainda que as expectativas são muito boas, inclusive com a implantação de um aparelho de ressonância magnética no auxílio ao diagnóstico.