A Supervisão de Hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), com o apoio de corpo técnico do Ministério da Saúde, vem realizando ao longo desta semana a Oficina de Baciloscopia do Raspado Intradérmico para os profissionais dos municípios de Barras, José de Freitas, Bom Jesus, Teresina, Campo Maior, Floriano, Oeiras, Picos, Parnaíba e São Raimundo Nonato. Foi iniciada no dia 24/10 segunda-feira e segue até o dia 27 quinta-feira desta semana.

Eliracema Alves, supervisora da pasta de hanseníase da Sesapi, destaca que a oficina é importante para a qualificação dos profissionais piauienses que atuam na rede de laboratório da hanseníase. “Já faz um tempo que não trabalhamos na área laboratorial dentro da pasta da hanseníase, com a baciloscopia temos um exame complementar para o diagnóstico da doença. Precisavamos aperfeiçoar a qualificação de nossos profissionais, e ter mais qualidade nas lâminas da baciloscopia”, fala a supervisora.

A oficina está sendo realizada no Hospital Universitário/UFPI/EBSERH e no Centro Maria Imaculada, referências no estado para o tratamento e acompanhamento de pacientes com hanseníase. Com o apoio destas instituições os profissionais estão sendo capacitados em todas as etapas do exame.

Alexandre Casimiro, consultor técnico do Ministério da Saúde, é o responsável por ministrar a oficina. Ele destaca que essa capacitação e aprimoramento dos profissionais de saúde do estado quanto a técnica de coleta e análise do material coletado é essencial para fortalecer a rede laboratorial para a hanseníase e ofertarmos um serviço de qualidade aos pacientes.

“Com essa oficina queremos que os profissionais se sintam capazes de realizar a baciloscopia para a hanseníase da melhor forma possível. Durante o curso, passamos por todas as etapas do exame laboratorial, indo desde a coleta do raspado intradérmico, a realização da coloração correta com os corantes adequados, até a leitura do material com a aplicação da escala logarítmica de Ridley. É um momento de avanço da saúde do estado, onde temos também municípios que não realizam o procedimento atualmente e com a oficina eles passarão a ter a capacidade de executá-lo” destaca Alexandre Casimiro.

O técnico do Ministério destaca ainda que um dos momentos mais importantes da oficina é a aula sobre os aspectos clínicos da doença, onde os profissionais de laboratório passam a ter conhecimento sobre as manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento da doença para entender todo o processo e o motivo pelo qual a baciloscopia foi solicitada.

“Com esses conhecimentos nossos profissionais poderão realizar uma coleta de material muito mais precisa para a análise laboratorial, beneficiando todo o processo do diagnóstico e acompanhamento médico daquele paciente”, reforça.