Iniciou na manhã desta quinta-feira (13) a Semana Estadual de Tuberculose do Piauí, organizada pela Sesapi através da Supervisão de Tuberculose da coordenação de doenças transmissíveis da secretaria e do Centro de Inteligência em Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados (CIATEN). O evento acontece no auditório da APPM durante os dias 13 e 14 deste mês e traz discussões a cerca da doença, além de apresentar dados atualizados da tuberculose dentro do estado contextualizando o agravo como um problema de saúde pública.

Secretaria de Justiça, Lacen/PI, UFPI, Ciaten são algumas das entidades que estão em parceria para a realização do evento, buscando dessa forma trabalhar a realidade da atenção primária e da vigilância epidemiológica, área hospitalar pública e privada além da descentralização de informações sobre a doença dentro do nosso estado.


Ivone Venâncio, supervisora da tuberculose dentro da Secretaria de Estado da Saúde destaca a importância de trabalhar essas informações com todos os profissionais e órgãos possíveis, para que assim possa ser feito um trabalho conjunto e integrado dentro do estado para o enfrentamento da doença. 


“A tuberculose é um problema grave de saúde pública dentro do Brasil que precisa de atenção. Devido a pandemia de Covid-19, nós sabemos que a tuberculose entrou para o hall de doenças negligenciadas bem como outras doenças crônicas, como a hanseníase, mas precisamos que a tuberculose entre em evidência, uma vez que o tratamento necessário para a cura necessita de um período maior”, explicou a supervisora da pasta.

O estado conta hoje com 1015 novos casos notificados da doença, destes, 745 casos são a forma pulmonar da doença que apresenta alta transmissibilidade. Em relação à mortalidade, o estado passou de uma taxa de 1,6 mortes por 100 mil habitantes em 2019 para uma taxa de 2 mortes a cada 100 mil habitantes em 2021, o que preocupa ainda mais. 


Tosse por mais de três semanas, dor torácica, febre e perca de peso são alguns dos principais sintomas da doença. “Pedimos ainda uma atenção para estes sintomas, pois identificamos um risco de adoecimento maior para o grupo de crianças menores de 10 anos, e precisamos da identificação precoce dos casos para que o tratamento seja mais efetivo. Reforçando ainda que o tratamento deve ser realizado de forma completa durante os 06 meses previstos para a cura ser atingida”, destaca Ivone Venâncio.