Uma reivindicação antiga dos pacientes renais crônicos do Piauí será atendida nos próximos meses. A casa dos pacientes renais, que recebe piauienses de vários municípios em busca de tratamento em Teresina, vai ganhar nova estrutura. Além da reforma e aquisição de móveis e eletrodomésticos, a Secretaria Estadual de Saúde está trabalhando na descentralização da distribuição de medicamentos excepcionais para facilitar a vida dos pacientes. Em visita a casa na manhã dessa quinta-feira (dia 17), uma comissão presidida pelo secretário de Saúde Assis Carvalho discutiu e firmou compromissos com a Associação dos Pacientes Renais e Transplantados do Piauí com o objetivo de melhorar a assistência em vários níveis para quem precisa de tratamento em Teresina. Além do secretário, participaram da reunião o presidente da Associação, Dimas Santana, a coordenadora do Fome Zero no Piauí, Rosângela Souza, o diretor da Assistência Farmacêutica Osvaldo Bonfim, a diretora financeira da Secretaria de Saúde, Jeane Nunes, além de representantes da Secretaria de Assistência Social e Cidadania. Apesar de não ser da competência da Secretaria de Saúde, que não tem como resolver problemas de manutenção da casa, o secretário se comprometeu em articular, junto ao Governo do Estado, uma estratégia para resolver problemas pontuais, como alimentação e manutenção do lugar. Ainda esse mês a casa vai receber doze ventiladores de teto de um convênio de 2005. “Temos a melhor clínica nefrológica do Estado e uma das melhores do Nordeste, conseguimos resolver um problema histórico da distribuição de medicamentos excepcionais para os pacientes renais crônicos, porém, essa assistência não é completa se eles não tem condições de se alimentar bem para receber o tratamento, que maltrata o corpo. Além de resolver mais esse problema, vamos nos empenhar para a casa contar com acompanhamento integral de assistente social e nutricionista”, garantiu Carvalho. Para Dimas Santana, o compromisso foi um alívio para cerca de 1200 pacientes renais crônicos atendidos pela Secretaria de Saúde. “A melhor coisa que aconteceu nos últimos anos foi a descentralização dos medicamentos excepcionais. Agora os pacientes renais podem receber seus medicamentos nas clínicas que recebem tratamento. Isso melhorou muito a nossa vida. Agora, com a reforma da nossa casa, acredito que vai ser um novo tempo para nós”, disse o presidente da Associação dos Pacientes Renais. Ele destaca que a casa está atendendo uma média de dez pacientes mensalmente, mas que pode atender até quarenta. “Com a melhoria da nossa estrutura, vamos conseguir receber toda a demanda do interior. São pacientes que vem para Teresina em busca de atendimento. Muitas vezes passa quatro horas na máquina de hemodiálise e não tem como voltar para casa porque está muito fragilizado. Aqui ele pode se restabelecer antes de voltar para a vida normal”, ressaltou Dimas. Por Paula Danielle