Até o mês de setembro deste ano, a Secretaria Estadual da Saúde notificou vários casos de óbitos em mulheres com idade fértil nos municípios do Piauí. Preocupada em reduzir esses números, a mesma promoveu na manhã desta terça-feira, 16, no auditório da Escola Fazendária, uma oficina sobre vigilância epidemiológica. O evento visa “discutir com os profissionais do Programa de Saúde da Família - PSF e secretários municipais de saúde, o processo de investigação do óbito de mulheres em idade fértil, no sentido de identificar se naquela morte havia uma causa relacionada com a gravidez ou com o parto. É fundamental que a gente conheça o perfil da mortalidade materna no Estado, temos que priorizar as ações da saúde destinadas à mulher que possam contribuir com a redução de mortalidade materna”, afirma a técnica da Coordenação Estadual de Saúde da Mulher, Auzenir Moura Fé. A razão de mortalidade materna do Estado está em torno de 82 óbitos maternos para cada 100 mil bebês nascidos vivos. Segundo a técnica, esse ainda é considerado um número alto para o Piauí. “Essa é uma taxa considerada alta. A eclampsia é a principal causa dos óbitos, então precisamos discutir com todos os profissionais de saúde, especialmente com as equipes do PSF, no sentido de criar estratégias para melhorar a assistência pré-natal, o planejamento familiar e ainda a assistência ao parto, de modo que a gente possa intervir intensamente nos índices de mortalidade materna”, completa. O Estado tem firmado convênios importantes com o Ministério da Saúde, com a intenção de ampliar os recursos financeiros em prol da saúde da mulher. De acordo com o coordenador do PSF de Monte Alegre, René Alves, naquele município é executado um trabalho de pré-natal, que ajuda na redução do numero de óbitos entre mulheres em idade fértil. “O pré-natal é bem trabalhado, então nós não temos um número alto de óbitos. A estratégia adotada é uma maior fiscalização junto com agentes de saúde, onde pegamos essas mulheres em idade fértil de gestação e fazemos o acompanhamento direto”, diz.