As vítimas de acidentes e doenças de trabalho serão lembradas no próximo dia 27 de abril (sexta-feira), à partir das 9h na Praça João Luís Ferreira. O Ato Público pelo Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho pretende chamar atenção para a violência no trabalho, sensibilizar e alertar as autoridades públicas e a sociedade civil para o grave problema de acidentes e doenças do trabalho. Como todos os anos, o evento está sendo promovido pela Secretaria Estadual de Saúde através do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador e da Vigilância Sanitária Estadual, em parceria com Fórum de Proteção ao Meio Ambiente do Trabalho, INSS. DRT, MPT, Sindicatos, entre outros parceiros. A manifestação ainda vai chamar atenção para o aumento de doenças ocupacionais, como a LER (Lesão por Esforço Repetitivo), perda auditiva induzida pelo ruído, sofrimento mental, dermatose ocupacional, entre outras. Em nível nacional, o Ministério da Saúde também irá promover em Brasília, amanhã, uma série de atividades para marcar o Dia Mundial. Uma das reflexões abordadas será sobre a Saúde do Trabalhador frente ao Programa de Aceleração do Crescimento. O debate, que contará com as participações da Casa Civil da Presidência da República, dos ministérios da Previdência Social, da Saúde e do Trabalho e Emprego, e das comissões intersetoriais de Saúde do Trabalhador e de Saneamento e Meio Ambiente do Conselho Nacional de Saúde, discutirá a necessidade de que se garantam a segurança e a saúde dos trabalhadores nesse processo. Na ocasião, serão lançados pelo Ministério da Saúde seis protocolos de atenção integral à Saúde do Trabalhador, destinados a orientar os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) para o diagnóstico, tratamento e notificação de acidentes de trabalho fatais, graves e com crianças e adolescentes, exposição a chumbo metálico e benzeno, Perda Auditiva Induzida por Ruído, pneumoconioses e dermatoses ocupacionais. Em todo o mundo, anualmente, cerca de dois milhões de trabalhadores perdem suas vidas no trabalho. No Brasil, somente em 2005, 491.711 brasileiros segurados pelo INSS foram vítimas de acidentes e doenças durante o exercício de suas atividades, com maior incidência de ferimentos, fraturas e traumatismos de punho e mão, incluindo amputações, queimaduras, corrosões e esmagamento. No período, 2.708 trabalhadores morreram, em um total de sete óbitos por dia ou uma morte a cada três horas, em média. Os números se referem somente aos trabalhadores assalariados, contratados pelo regime da CLT, que correspondem a cerca de 35% da População Economicamente Ativa (PEA). Em todo o país, cumprindo com seu papel de promover, proteger e recuperar a saúde dos trabalhadores, os 150 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) que compõem a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast), também organizarão atividades para marcar o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho. A data de 28 de abril marca manifestações em todo mundo pela melhoria das condições de trabalho e foi escolhida porque, no mesmo dia, em 1969, uma explosão na mina de Farmington, West Virginia, nos Estados Unidos, matou 78 mineiros.