A Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária vai trabalhar junto ao Conselho Regional de Medicina para divulgar e defender as novas regras definidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no que diz respeito a notificação de receitas dos medicamentos usados no tratamento da obesidade (anorexígenos). O coordenador de Medicamentos da DIVISA, Pedro Batista, explica que mês passado a ANVISA encerrou o envio de sugestões à consulta pública Número 89, que propôs mudanças nos critérios de notificação de receitas desses medicamentos. “O objetivo fundamental da proposta da consulta é garantir maior segurança ao processo e coibir abusos na prescrição e venda desses medicamentos”, destaca. Pelas novas regras, esses medicamentos só poderão ser prescritos pelo médico cadastrado pela Visa, com receita “A” (de cor amarela), tipo de receita produzida pela Vigilância Sanitária/Anvisa. “Fica proibida a prescrição de fórmulas de medicamentos, em preparações separadas ou não, que contenham substâncias tipos diuréticos, hormônios ou outras substâncias com ação medicamentosa em associação com os anorexígenos”, diz Batista. Ele chama atenção para o perigo das anfetaminas no tratamento contra obesidade. “Emagrecer é difícil, ninguém nega. O problema é que o uso de anfetaminas talvez não seja o melhor caminho. Muitas pessoas tomam anfetaminas nas fórmulas para emagrecer sem maiores problemas. Mas algumas pessoas têm uma sensibilidade maior a seus efeitos colaterais”, destaca Batista. Entre os efeitos mais freqüentes estão: irritabilidade, depressão, disforia (uma mistura de humor instável, euforia, irritação, agressividade e depressão), perda da memória, dores de cabeça, confusão mental e alucinações. “As anfetaminas apresentam-se como um enérgico estimulante que leva o paciente a forte dependência psicológica, podendo levar até dependência psicológica. Esse medicamento apresenta efeitos análogos da cocaína, destaque para o comportamento anti-social e os transtornos mentais”, explica Pedro Batista. Em certos casos, o uso abusivo das anfetaminas ocasiona agitação, aumento da temperatura do corpo, pupilas dilatadas, alucinações, convulsões podendo levar até mesmo a morte. “As crises de abstinência manifestam-se pela apatia, longos períodos de sono, irritabilidade, depressão, desorientação e delírios”, diz o coordenador. Para mais informações: Pedro Batista – DIVISA - 9988-7635