O Piauí já conta com um instrumento importante para reduzir a mortalidade materna. Trata-se do Comitê Estadual de Mortalidade Materna, que estuda as mortes das mães e suas causas. O comitê tem a função de elaborar políticas públicas para reduzir a taxa de mortalidade e melhorar a assistência obstétrica. Este comitê faz parte de algo maior: o Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, firmado em 2004. O objetivo do pacto é reduzir em 15%, até o final deste ano, os índices de mortalidade materna e de bebês com até 28 dias de vida. De 2002 a 2004, o Ministério da Saúde registrou queda de 7,3% na mortalidade de crianças na faixa etária. No Estado do Piauí, quem preside o comitê é a coordenadora de Atenção à Saúde da Mulher, Alzeni Moura Fé. Integram o comitê ainda os médicos Joaquim Parente, João Valadares e Conceição Dionísio. De acordo com Alzeni Moura Fé, desde 2004, com o Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, a notificação dos óbitos maternos tem melhorado significativamente. “Hoje o Estado investiga todos os óbitos de mulheres em idade fértil para identificar se houve ou não causa materna, pois antigamente muitos óbitos vinham totalmente mascarados ”, diz. Alzeni explica que o óbito materno é ligado a complicações na gravidez, no parto e puerpério, corresponde até 42 dias após o parto e no estado, as principais causas de óbito materno são eclampsia e hemorragia, sendo que a taxa de mortalidade hoje é de 92,22 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. Evento Em maio, de 15 a 19, a coordenação de Atenção à Saúde da Mulher da Secretaria Estadual da Saúde irá realizar o Seminário de Assistência Obstétrica e Neonatal baseado em evidências científicas. O evento será voltado a diretores e chefes de obstetrícia e neonatal das maternidades do Estado e tem o objetivo de capacitar estes profissionais para a questão da mortalidade materna, bem como para a redução da taxa de mortalidade. Maiores Informações: Alzeni Moura Fé: 9987-1729